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Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 4

A Caixa Econômica Federal paga nesta terça-feira (22) a parcela de abril do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 4. O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe...

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Relator do Conselho de Ética pede cassação do deputado Glauber Braga

Glauber Braga volta a citar perseguição de Lira em recurso contra cassação

O congressista afirma haver inconstitucionalidades e desproporcionalidade no procedimento até aqui, e diz que ele foi “escolhido como inimigo pelas forças mais escusas da política nacional e pela extrema direita”. O documento afirma ainda que o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), abusa de poder ao articular nos bastidores uma “perseguição pessoal inaceitável” contra Braga. O processo de cassação contra o deputado foi aprovado na Comissão de Ética da Câmara no último dia 9, menos de um ano após o episódio, e o deputado, iniciou uma greve de fome. Em sua primeira entrevista após encerrar o protesto e chegar a um acordo com o atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), concedida à Folha de S.Paulo, ele já havia criticado Lira. Processos para perda de mandato, após aprovados no conselho, precisam ainda ser deliberados pelo Plenário da Câmara -e antes disso, cabe recurso para que ele passe também pela CCJ, movimento feito agora por Braga. A pena contra Braga pode chegar a inelegibilidade de oito anos, além de perda do mandato -seu lugar seria ocupado pela hoje suplente, a ex-senadora Heloísa Helena (Rede-RJ), o que causa temor na base governista por ela ser crítica da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) O processo de cassação do deputado começou após ele agredir com chutes o integrante do MBL (Movimento Brasil Livre), Gabriel Costenaro, em abril de 2024. Como mostrou a Folha de S.Paulo, uma punição ao psolista poderia seria inédita, já que nunca um parlamentar perdeu seu mandato por agressão. Braga afirma que ouviu do influenciador de direita xingamentos contra a sua mãe, que na ocasião estava com Alzheimer avançado e morreria dias depois. “Se emocionalmente essa é uma questão que eu tenho que trabalhar com mais profundidade, pode ser. Um parlamentar tem que ter uma maior compreensão e casca dura, é verdade, mas eu também sou um ser humano. E eu não deixo de ficar revoltado e ferido quando falam de uma pessoa que eu amo tanto e que estava incapaz de fazer a sua defesa”, disse à Folha de S.Paulo. Durante sua greve de fome, ele passou dias ingerindo apenas água, soro e isotônicos, dormiu em um colchão improvisado na própria Câmara e recebeu visita acadêmicos, movimentos sociais, juristas e de oito ministros do governo Lula. O protesto acabou após seus aliados, Samia Bonfim (PSOL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ), articularem um acordo com Hugo Motta. Segundo Motta, o combinado foi que o plenário da Câmara não votará o caso antes de 60 dias contados após a CCJ deliberar sobre o processo -a comissão tem cinco dias úteis para decidir sobre o tema. “Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, disse o presidente da Câmara. Na prática, o acordo vai arrastar o caso pelo menos até agosto, já que após os primeiros dois meses acertados, começa o recesso parlamentar da metade do ano. À CCJ, a defesa de Braga afirma que ele foi alvo prejulgamento e que o relator do caso, o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), ignorou fatos e testemunhos apresentados por ele. Também diz que o parlamentar baiano já cometeu atos de agressão, e que por isso deveria ser impedido de analisar este caso. O psolista também alega que foi censurado e cerceado pelo presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), que ignorou seus argumentos durante a tramitação do processo no colegiado. O deputado cita trechos do relatório considerados genéricos, e diz que “acusações vagas não podem servir para iniciar uma investigação da conduta parlamentar”. Sobre Lira, a defesa de Braga afirma que ele cometeu abuso de poder, articulando nos bastidores uma “perseguição pessoal” contra o psolista, por ele ter feito denúncias contra o orçamento secreto, mecanismo de emendas parlamentares comandado pelo ex-presidente da Câmara. O recurso lembra ainda que, no dia da votação da cassação no Conselho de Ética, a sessão do plenário da Câmara atrasou e começou logo após o fim da análise do caso, sem nenhuma justificativa. Isso porque se a ordem do dia do plenário tivesse começado na hora marcada e prevista, ela teria automaticamente encerrado a reunião do colegiado e adiado o seu desfecho. Braga argumenta, ainda, que a pena de cassação e inelegibilidade de oito anos é desproporcional, uma vez que na atual Legislatura houve apenas um outro processo aberto deste tipo, o contra Chiquinho Brazão (sem partido), acusado de ser o mandate do assassinato da vereadora Marielle Franco. O caso de Brazão, por sua vez, já passou pelo Conselho de Ética e pela CCJ, mas está há mais de um ano totalmente paralisado, aguardando para ser colocado na pauta do plenário. A defesa de Braga lembra também que casos de cassação por agressão contra mulheres, transfobia ou apologia à ditadura não avançaram na Câmara. Finalmente, a defesa do psolista cita a “a ausência de fato específico, a generalidade das acusações, o cerceamento de defesa e do contraditório e a sua falta de justa causa”, para pedir seu arquivamento. E acrescenta que, caso este pedido não seja acatado, que o processo seja anulado, que o relator seja afastado do cargo, ou ao menos que a pena imposta seja ajustada, respeitando os princípios da igualdade e proporcionalidade. Notícias ao Minuto

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STF abre Ano Judiciário nesta segunda-feira; pauta tem casos tributários e trabalhistas

STF julga integrantes do ‘núcleo 2’ do golpe, ex-assessores de Bolsonaro

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar nesta terça-feira, 22, o segundo núcleo de acusados de participar da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A Corte vai decidir se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Fernando de Sousa Oliveira, Filipe Garcia Martins, Marcelo Costa Câmara, Marília Ferreira de Alencar, Mário Fernandes e Silvinei Vasques. Moraes autorizou que Filipe Martins acompanhe o julgamento direto do plenário da Primeira Turma. Ele, no entanto, foi proibido de circular pela capital federal e de filmar ou fotografar o julgamento – pedido feito por sua defesa e negado pelo ministro. Bolsonaro também acompanhou o julgamento que concluiu com a admissibilidade da denúncia contra o ex-presidente. Mostrou seriedade, tensão e até sono ao assistir à sessão. O ministro do STF Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, reservou três sessões para o julgamento: às 9h30 e às 14h de hoje, e às 9h30 de amanhã. Após a leitura da denúncia, os advogados vão apresentar as defesas e, depois disso, os cinco ministros do colegiado vão decidir se tornam réus, ou não, os seis denunciados. A PGR fatiou a denúncia de tentativa de golpe em cinco núcleos. Os integrantes do primeiro grupo, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados próximos como os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, já se tornaram réus em julgamento unânime no último dia 26 de março. Quem também vai estar presencialmente no julgamento é o desembargador aposentado Sebastião Coelho, que defende Martins. Ele foi o advogado que discursou no plenário do STF dizendo aos ministros da Corte que eles eram pessoas \”odiadas\” em boa parte do País. Coelho pretende suscitar algumas das questões preliminares já rejeitadas pela Primeira Turma no julgamento do ‘núcleo 1’, como uma suposta incompetência do STF para julgar os denunciados e a suspeição dos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Ele também vai pedir que os magistrados analisem a geolocalização do seu cliente, que serviria como prova de que ele não se envolveu na tentativa de golpe. Delação O advogado ainda diz ter boas expectativas em relação ao julgamento e que vê abertura para que a denúncia contra o seu cliente não seja acolhida pelos ministros. Coelho criticou a delação de Mauro Cid e disse que diversas pessoas estariam sendo prejudicadas por causa das afirmações, a seu ver, sem provas do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Quanto às desavenças com Moraes, o advogado afirma que o “protagonista” do julgamento será Martins e que ele não tem “nada pessoal” contra o ministro. “Essa sessão de julgamento é ao vivo, a gente não sabe o que pode acontecer, mas a minha pretensão é ir trabalhar. Nós temos que focar no trabalho”, afirmou. “O ministro Alexandre de Moraes vai ser juiz, como tem que ser, e eu vou ser advogado. Não tem questões de embate público”, completou. Forte aliado No governo do ex-presidente, Martins foi assessor de Assuntos Internacionais da Presidência. Alinhado às bandeiras do clã Bolsonaro, ele ganhou notoriedade em março de 2021 após ser flagrado fazendo, no Senado, um gesto que foi considerado similar a um costumeiramente feito por supremacistas brancos. Martins passou seis meses preso preventivamente durante a condução do inquérito dos atos golpistas. A justificativa foi de que ele teria tentado fugir do Brasil para escapar da investigação. O nome do ex-assessor constou em uma lista de passageiros do avião presidencial que decolou para Orlando, nos Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022. A defesa, posteriormente, defendeu que ele não embarcou e estava no Brasil naquele dia, e o ex-assessor foi solto. A PGR imputou a ele a confecção de uma das minutas do golpe, aquela que previa a prisão dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), então presidente do Senado. Obstrução Já Silvinei Vasques, entre abril de 2021 e dezembro de 2022, foi o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Desde janeiro deste ano, ele é secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação em São José, município vizinho a Florianópolis (SC). Vasques é acusado de interferir nas eleições presidenciais de 2022. Ele é suspeito de coordenar blitze nas rodovias federais que teriam dificultado o trânsito de eleitores, principalmente no Nordeste, reduto eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por suposta obstrução de justiça, ele ficou preso preventivamente entre agosto de 2023 e agosto de 2024. Preso Outro denunciado, o general de brigada Mário Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência na gestão Bolsonaro, e chegou a chefiar interinamente a pasta durante o período. Ele também foi assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Segundo a investigação da tentativa de golpe, Fernandes é o autor do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que continha um detalhamento para executar, em dezembro de 2022, Moraes, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). A ação esperava o apoio operacional de “kids pretos”, como são conhecidos os recrutas das Forças Especiais do Exército Brasileiro. Fernandes está preso preventivamente desde o dia 19 de novembro do ano passado. A prisão foi ordenada por Moraes após a Polícia Federal (PF) obter mensagens em que ele incitava ações antidemocráticas que deveriam ser lideradas por Bolsonaro. Também estão na lista o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial de Bolsonaro; a delegada Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e o delegado Fernando de Sousa Oliveira, que foi diretor de Operações do Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro. Notícias ao Minuto

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Descontrole fiscal interessa a tiranos, diz Zema em crítica indireta a Lula

Descontrole fiscal interessa a tiranos, diz Zema em crítica indireta a Lula

Apesar de não ter citado diretamente o presidente Lula (PT), Zema tem criticado com frequência o governo federal durante discursos públicos e em publicações nas redes. Ele é tido como um dos pré-candidatos às eleições presidenciais de 2026. “Tiradentes é a nossa inspiração e, assim como ele, nós sabemos que só interessa a governos tirânicos os altos impostos, a gastança e o descontrole fiscal, que escravizam e impedem o exercício da liberdade”, disse Zema. Nesta segunda, Dia de Tiradentes (21), a capital de Minas Gerais é transferida simbolicamente para Ouro Preto, cidade histórica onde o maior símbolo da Inconfidência foi enforcado, esquartejado e teve sua cabeça exibida em praça pública no dia 21 de abril de 1792. O movimento foi um levante separatista liderado pela elite socioeconômica de Minas Gerais contra a cobrança de dívidas e impostos pela coroa portuguesa no fim do século 18. Tiradentes era um dos únicos participantes de origem popular. Na data, o governo de Minas tradicionalmente também entrega honrarias a personalidades que se considera que contribuem com o estado. A principal delas é o “grande colar”, concedido a chefes de Estado, de governo e dos demais Poderes da União. Ela foi criada em 1952 pelo então governador Juscelino Kubitschek. Neste ano, o homenageado foi o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele foi o escolhido por um conselho formado por autoridades dos três Poderes do estado, além de universidades e outras instituições. Na leitura do discurso de pouco mais de cinco minutos, Motta também lembrou Tiradentes e disse que a democracia brasileira foi construída após rupturas e retrocessos. “Nossa democracia é jovem, ainda imperfeita, mas viva. É fruto da resistência, da coragem, do trabalho incansável de tantos brasileiros. E é também [alvo de] uma vigília constante”, disse o presidente da Câmara. Após seu discurso, ele deixou a cerimônia para ir a São João del Rei, onde participou de homenagens aos 40 anos da morte de Tancredo Neves, primeiro civil eleito após 21 anos da ditadura militar (1964-1985) e que faleceu em 21 de abril de 1985. O presidente da Câmara foi ao evento a convite do deputado Aécio Neves (PSDB-MG). As participações são as primeiras de Motta após o recesso informal de uma semana instituído por ele para a Casa. Durante a semana da Páscoa, a Câmara realizou apenas sessões virtuais, e as reuniões das comissões foram canceladas. A ausência foi interpretada por aliados como uma tentativa de diminuir a pressão para que seja pautado o projeto de anistia aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Motta não citou o projeto em seu discurso.O governador de Minas é um defensor da proposta e chegou a publicar um vídeo em tom religioso em que relaciona a anistia ao perdão dos cristãos.Ele também apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu sob acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Após o STF (Supremo Tribunal Federal) aceitar a denúncia contra o ex-mandatário em março, Zema o chamou de “maior liderança da oposição”.“Espero que a Justiça seja feita e que ele recupere seus direitos políticos”, escreveu em rede social. Nesta segunda, em seu discurso, no qual Motta não estava presente, o governador disse que os governantes devem entender a liberdade em seu sentido mais amplo. “Embora o Brasil tenha um regime democrático consolidado, com garantias asseguradas pela Constituição, a liberdade -infelizmente- não está assegurada. Sinto confiança que Motta tem a mesma percepção sobre o que é a liberdade”, disse Zema, que também não citou diretamente o projeto de anistia. Notícias ao Minuto

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